Painel enfatiza o papel do fator amazônico no avanço do desenvolvimento sustentável durante o Diálogos Públicos Pará

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Painel enfatiza o papel do fator amazônico no avanço do desenvolvimento sustentável durante o Diálogos Públicos Pará

Durante o primeiro painel do evento “Diálogos Públicos Pará”, realizado nesta quarta-feira (15), em Belém, gestores públicos, pesquisadores e parlamentares debateram o tema “Fator amazônico e oportunidades para o desenvolvimento sustentável da região”. O encontro, promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em parceria com o TCMPA e o TCE-PA, reuniu participantes com o objetivo de refletir sobre soluções para os desafios enfrentados pela administração pública na Amazônia.

O painel foi moderado pelo secretário do TCU no Pará, Márcio Gomes Sobreira, e contou com as contribuições do deputado federal Henderson Pinto, do reitor do Instituto Federal do Amazonas, Jaime Cavalcante Alves, e do professor e pesquisador do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA), Danilo Araújo Fernandes.

Ao longo da discussão, os painelistas ressaltaram a importância de reconhecer a Amazônia não apenas como um bioma a ser protegido, mas como um território estratégico, com potencial para liderar um modelo de desenvolvimento baseado na bioeconomia, na inovação e na valorização local.

O professor Danilo Fernandes, do NAEA, reforçou a urgência de incluir soluções sustentáveis para o desafio da Amazônia. “O desafio que temos hoje é uma Amazônia fragmentada. É preciso investir em setores potenciais, em uma perspectiva de uma economia da floresta, que possa crescer, gerar renda, emprego e sustentabilidade”, pontuou.

O reitor Jaime Alves enfatizou a necessidade de uma compensação em relação aos custos amazônicos. “Temos custos a mais para fazer ações na Amazônia de logística, transporte, educação, energia, telecomunicações, insumos e matérias. São custos que devem ser levados em consideração quando políticas públicas são discutidas a nível nacional”, disse.

O deputado Henderson Pinto destacou os problemas que atrapalham o desenvolvimento amazônico, como o custo logístico elevado, baixa densidade populacional, grandes distâncias, preço da tarifa da energia elétrica, problemas climáticos e preço da passagem área. “O custo amazônico veio com o conceito de que o Brasil reconheça que nós precisamos corrigir essa injustiça histórica”, afirmou.

O evento abriu espaço para um diálogo sobre os caminhos para transformar os desafios amazônicos em oportunidades sustentáveis, reforçando a importância de iniciativas voltadas à capacitação e ao fortalecimento da gestão pública na região.

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